SEJA BEM-VINDO!

BEM-VINDO AO MUNDO DA ESCRITA!

EIS AQUI O ESPAÇO VIRTUAL ONDE AS PALAVRAS BUSCAM SE LIBERTAR DO LIMBO.



________________________________________________________

CAROS AMIGOS,

A CARA DO BLOG MUDOU, ENTRETANTO A AVENTURA DE ESCREVER CONTINUA VIVA.

ESTAMOS AQUI À ESPERA DE QUE VOCÊS NOS LEIAM E, SE POSSÍVEL, DEIXEM UM COMENTÁRIO.

ABRAÇO FRATERNO.

(HOMERO DE LINHARES)


_________________________________________________________

AVISO AOS INTERNAUTAS,

A PARTIR DE HOJE, ESTOU AQUI COM HOMERO DE LINHARES, REVEZANDO NA ARTE DA PALAVRA.

GRANDE ABRAÇO.


(DAVID BELLMOND)







quarta-feira, 7 de outubro de 2009

LIVRO "VIDA VIDE VERSO" (PÁGINAS 92 e 93)


SOBRE O QUE NÃO FOI DITO

NA ANGÚSTIA PASSIONAL


A cidade ostenta sua religiosidade.
Arte barroca e um anjo ao avesso
Prega o amor aos pervertidos.
Eu sou o anjo, Lusitânia.
Sou que te guarneço.
Ao meu lado adormece um lobo
Manipulando minhas teses e todos os sentidos,
Versejando o que não sinto,
Ocultando o que me é sabido
E o alter ego só queria brindar
Ao amor e nada além do afeto feminino
E de tantas delongas o amor foi paulatino.
Foi paulatino o agouro das crenças de menino
E nada restou ao ego que paulatinamente
Devastasse o assombro da selva juvenil.

O anjo perdeu a idiossincrasia no tormento
Quando buscar queria
A mulher dos seus sonhos, o libertamento
Da utopia,
Desconhecendo que a utopia era o avivamento
Da mulher que lhe luzia.







II

A cidade exibe sua crueldade.
Demônios luzidios dissimulam ansiedades,
Paixões esmorecidas, platonismo ao avesso.
Eu sou o demônio, Lusitânia.
Sou eu que te enlouqueço
E um ser subnutrido me desperta com cantos
Do amor que nunca colhi, nunca plantei no entanto.
O poeta só queria ser terno sem ser eterno,
Mas o conduzo apenas às portas do inferno
E o levo à loucura em paulatinas crises,
Paulatinas utopias, efêmeros concretismos
E não são paulatinos os seus dias felizes.
Ora eu e o poeta rumamos ao abismo.

A morte natural, implora o poeta.
O suicídio matinal, observa o demônio.
E enquanto travam lutas o pesadelo e o sonho,
Mais sedenta ainda sucumbe a alma inquieta,
Quase alheia aos monstros, aos anjos, ao próprio dono
E não há alma feminina que lhe acalante o sono.


(BELLMOND, David. VIDA VIDE VERSO. Editora do autor: Vitória-ES, 1999, Páginas 92 e 93.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário