SETE POEMAS PARA LUSITÂNIA
CANTIGA DE ALÉM-MAR
Lusitânia não é nome de flor,
Mas é flor e dos seus espinhos sabe
Quem a cultiva e dela extrai aroma
De embalsamar feridas, cessar dor.
Lusitânia não é nome de mar,
Mas é mar e protela seus marujos,
(Filhos, poetas, ambos sonhadores)
À terras que inda hão de conquistar.
Lusitânia é nome de cidade,
Mas não é cidade. Quem a habita
Sabe que seu refúgio, estreito antro,
Resguarda um mundo de felicidade.
Lusitânia, no esforço deste ofício
De eternizar aquilo que é fóssil
E transformar pedra em escultura,
Cantar-te ficou ainda mais difícil.
Não deixo de cantar por falta de destreza
Ou ausência do nobre sentimento,
Mas o sol enciumado com sua formosura
Não nos deixa cantar sua realeza.
(BELLMOND, David. VIDA VIDE VERSO. Editora do autor: Vitória-ES, 1999, Página 87.)

Lusitânia não é nome de flor,
Mas é flor e dos seus espinhos sabe
Quem a cultiva e dela extrai aroma
De embalsamar feridas, cessar dor.
Lusitânia não é nome de mar,
Mas é mar e protela seus marujos,
(Filhos, poetas, ambos sonhadores)
À terras que inda hão de conquistar.
Lusitânia é nome de cidade,
Mas não é cidade. Quem a habita
Sabe que seu refúgio, estreito antro,
Resguarda um mundo de felicidade.
Lusitânia, no esforço deste ofício
De eternizar aquilo que é fóssil
E transformar pedra em escultura,
Cantar-te ficou ainda mais difícil.
Não deixo de cantar por falta de destreza
Ou ausência do nobre sentimento,
Mas o sol enciumado com sua formosura
Não nos deixa cantar sua realeza.
(BELLMOND, David. VIDA VIDE VERSO. Editora do autor: Vitória-ES, 1999, Página 87.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário