
CANTIGA PARA OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CU DO MUNDO
Era jovem a Genoveva
Quando o jactancioso
Poetinha Rubem Braga
Não era nome de lei.
Hoje a Genoveva vive
Sem ver que a vida alheia
É a veia da existência
Dos altos prédios erguidos
Nas mínimas avenidas
Da capital dos seus sonhos.
Vive a velha Genoveva
Entre atritos de gengivas
E dentes alternativos,
Contagem de níqueis provindos
Dos cidadãos inativos
Da cidade litorânea.
Ignora a Genoveva viúva
Que o sustento da sua velhice
Vem da gente analfabeta
Que transita despercebida
As ruas do município
Lá onde o vento faz a curva,
Projetado no cu do mundo.
DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CU DO MUNDO
Era jovem a Genoveva
Quando o jactancioso
Poetinha Rubem Braga
Não era nome de lei.
Hoje a Genoveva vive
Sem ver que a vida alheia
É a veia da existência
Dos altos prédios erguidos
Nas mínimas avenidas
Da capital dos seus sonhos.
Vive a velha Genoveva
Entre atritos de gengivas
E dentes alternativos,
Contagem de níqueis provindos
Dos cidadãos inativos
Da cidade litorânea.
Ignora a Genoveva viúva
Que o sustento da sua velhice
Vem da gente analfabeta
Que transita despercebida
As ruas do município
Lá onde o vento faz a curva,
Projetado no cu do mundo.
(BELLMOND, David. VIDA VIDE VERSO. Editora do autor: Vitória-ES, 1999, Página 53.)
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