
ODE AO GUERREIRO TAPROBANO
EM SOLO CAPIXABA
Chorai, bravo guerreiro.
Chorai sem qualquer medo
De que vosso corruptível e vencido inimigo
Atravesse-te o âmago com gargalhada estéril.
Incorporai vossa armadura e montai vosso corcel
E galopai sem rumo entre o horizonte e o céu.
Erguei vosso semblante e chorai dentro do aço
Que torna vosso corpo audaz e inexorável.
Correi, bravo guerreiro, beirando o litoral,
Cavalgando feito anjo saltando sobre as nuvens.
Levai vossa tristeza a outros reinos distantes.
Levai vossos fantasmas e matai-os no deserto.
Sofrei se for preciso. Chorai (o que é mais certo)
Todos vossos lamentos nos ouvidos das flores, das pedras e do vento.
Chorai, bravo guerreiro,
Chorai, mas retornai.
Retorne que a vida
Recomeça na segunda-feira.
Chorai, bravo guerreiro.
Chorai sem qualquer medo
De que vosso corruptível e vencido inimigo
Atravesse-te o âmago com gargalhada estéril.
Incorporai vossa armadura e montai vosso corcel
E galopai sem rumo entre o horizonte e o céu.
Erguei vosso semblante e chorai dentro do aço
Que torna vosso corpo audaz e inexorável.
Correi, bravo guerreiro, beirando o litoral,
Cavalgando feito anjo saltando sobre as nuvens.
Levai vossa tristeza a outros reinos distantes.
Levai vossos fantasmas e matai-os no deserto.
Sofrei se for preciso. Chorai (o que é mais certo)
Todos vossos lamentos nos ouvidos das flores, das pedras e do vento.
Chorai, bravo guerreiro,
Chorai, mas retornai.
Retorne que a vida
Recomeça na segunda-feira.
(BELLMOND, David. VIDA VIDE VERSO. Editora do autor: Vitória-ES, 1999, Página 99.)
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