QUARTO DE TREVAS
Um olhar enevoado
No rosto sério e calado
De um anjo torto e sem asas
Ilumina a escuridão
Do quarto e da imensidão
De um poeta estarrecido.
E o poeta vela a sombra
Envolta no rosto dela
Sem saber quais os sintomas
Que o obrigam a olhar pra ela.
O quarto preso no abismo
Mas lá fora o crepúsculo é pior.
Tem sol, mas não tem o resquício
De luz que há no olhar dela.
A face não envelhece,
Há uma infância ainda em seu rosto
Mas tantos anos já passaram
Na insônia nupcial.
No entanto o poeta se veste
E penetra mais nas trevas
Da rua que não é de trevas.
(BELLMOND, David. VIDA VIDE VERSO. Editora do autor: Vitória-ES, 1999, Página 42.)
Um olhar enevoado
No rosto sério e calado
De um anjo torto e sem asas
Ilumina a escuridão
Do quarto e da imensidão
De um poeta estarrecido.
E o poeta vela a sombra
Envolta no rosto dela
Sem saber quais os sintomas
Que o obrigam a olhar pra ela.
O quarto preso no abismo
Mas lá fora o crepúsculo é pior.
Tem sol, mas não tem o resquício
De luz que há no olhar dela.
A face não envelhece,
Há uma infância ainda em seu rosto
Mas tantos anos já passaram
Na insônia nupcial.
No entanto o poeta se veste
E penetra mais nas trevas
Da rua que não é de trevas.
(BELLMOND, David. VIDA VIDE VERSO. Editora do autor: Vitória-ES, 1999, Página 42.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário