
MAS NÃO SEI TOCAR LIRA
De poeta e louco
Tenho pouco,
Na verdade sou lúcido
Na verdade a música
Que não posso compor
Me força a escrever.
Nem músico nem poeta
Eu consigo ser.
A agonia e a ira
De não saber tocar lira
Me faz ser assim
Meio vate, meio mandarim
Sem sensibilidade que permita
O uso do diapasão,
Sem melodia e ritmo
E sem tocar violão.
Das obrigações de homem
Tenho apenas o nome,
Na verdade não sou nada
Na hermenêutica revelado.
Tento encarnar-me anjo
Ou destino de Adão,
Porém dentro da loucura
Só mora a solidão.
De poeta e louco
Tenho pouco,
Na verdade sou lúcido
Na verdade a música
Que não posso compor
Me força a escrever.
Nem músico nem poeta
Eu consigo ser.
A agonia e a ira
De não saber tocar lira
Me faz ser assim
Meio vate, meio mandarim
Sem sensibilidade que permita
O uso do diapasão,
Sem melodia e ritmo
E sem tocar violão.
Das obrigações de homem
Tenho apenas o nome,
Na verdade não sou nada
Na hermenêutica revelado.
Tento encarnar-me anjo
Ou destino de Adão,
Porém dentro da loucura
Só mora a solidão.
(BELLMOND, David. VIDA VIDE VERSO. Editora do autor: Vitória-ES, 1999, Página 100.)
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