VERSOS NEGROS
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
(...)
(Castro Alves)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário