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(HOMERO DE LINHARES)


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GRANDE ABRAÇO.


(DAVID BELLMOND)







quinta-feira, 11 de junho de 2009

7. AMORES TRÁGICOS III






PEDRINHO BLUES

Numa manhã de chuva
Eu me suicidei
E matei meu amor
Não matei, mas matei.
Se o amor não morreu
Quem morreu fomos nós
E morremos juntinhos.
Felicidade atroz.

Meus amigos não tinham
Uma palavra de paz.
Ela me abandonou,
Não me amava mais.
Eu já não suportava
Tamanha solidão
E me vi tresloucado
Com uma arma na mão.

Matei meu abandono,
Matei quem eu amava.
Nossos corpos velados,
Quanta gente chorava.

Mães, irmãos e amigos,
Parentes desesperados
Chorando sobre os caixões
De amantes desenganados.

Eu sempre fui sereno
E de riso absorto.
Eis-me agora gritando,
Ouçam a voz de um morto:
Se o amor mata a gente
Ou matamos o amor,
Melhor é não amar
E viver só em dor.

(David Bellmond / 07.09.99)


Obs.: Este poema foi escrito há dez, alguns meses após um grande amigo meu provocar uma tragédia (quase no sentido literário) em nome do ciúme que ele acreditava ser amor. Pedro tirou a vida da mulher que ele amava e depois se matou na praia de Camburi, em Vitória - ES, no dia 08 de junho de 1999, alguns dias antes do dia dos namorados. Perdi duas pessoas muito amadas no mesmo dia. Foram-se os dois e ficou o poema.

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