SEJA BEM-VINDO!

BEM-VINDO AO MUNDO DA ESCRITA!

EIS AQUI O ESPAÇO VIRTUAL ONDE AS PALAVRAS BUSCAM SE LIBERTAR DO LIMBO.



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CAROS AMIGOS,

A CARA DO BLOG MUDOU, ENTRETANTO A AVENTURA DE ESCREVER CONTINUA VIVA.

ESTAMOS AQUI À ESPERA DE QUE VOCÊS NOS LEIAM E, SE POSSÍVEL, DEIXEM UM COMENTÁRIO.

ABRAÇO FRATERNO.

(HOMERO DE LINHARES)


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AVISO AOS INTERNAUTAS,

A PARTIR DE HOJE, ESTOU AQUI COM HOMERO DE LINHARES, REVEZANDO NA ARTE DA PALAVRA.

GRANDE ABRAÇO.


(DAVID BELLMOND)







domingo, 12 de abril de 2009

AVISO AOS NAVEGANTES!!!!

Fiquem à vontade para comentar os textos e poemas publicados aqui. Falem bem ou falem mal, mas deixem marcas registradas nesse exercício de escrita!

(Homero de Linhares)

2009 NA TELEVISÃO

O QUE É NOVO PINTA NA TELINHA

Acabou recentemente uma nova edição do BBB. Não vi, não quero ver a próxima e tenho pena de quem vê. Não que eu seja anti-social (com hífen ou sem hífen?). É que é sempre a mesma coisa. Quem viu a primeira edição viu todas. Tem sempre um participante negro para dizer que Roberto Marinho aprovava a democracia racial. Aliás, a Globo é boa nisso: toda novela global apresenta alguns atores negros para não dar margem aos comentários anti-racistas dos reacionários como eu. Engraçado (será?) é que não consigo ver a cara da população brasileira nas histórias tendenciosas da telinha. O BBB tem também sempre umas mulheres boazudas que serão capas da Playboy, da Sexy ou de outras revistas de nu artístico. O que seria do imenso público masculino sem as loiras, as ruivas, as siliconadas ou sem silicone, que posam mostrando seus pelos (com ou sem acento?) mais íntimos para nosso delírio e fantasia? Tem sempre uma ou outra beldade de talento mediano que entrará para a programação televisiva ou virará repórter de talento duvidoso. Tem sempre um pseudo-intelectual (com hífen ou sem hífen?), o que instigará algumas pessoas a dizerem que sou radical quando afirmo que o significado de BBB é Big Burro Brasil, Big Bundas Brasil, Big Boss Brasil, Big Bêbado Brasil.
Aliás, com a Globo é sempre assim: apesar de estarmos em 2009, não há quem inove na telinha. A GLOBO representa a GLOBalização da moda, da mídia, do tédio. As novelas são sempre parecidas umas com as outras. A nova novela mostra os mesmos cenários, os mesmos atores fazendo as mesmas Caras e Bocas no Paraíso do Caminho das índias. Até os nomes das novelas são pouco criativos. Minha mãe se confunde, achando que está vendo a nova versão de Cabocla ainda, ou será Sinhá Moça ou mesmo outra novela rural? As comédias vão bem até que o autor perde o rumo do que está contando e repete as fórmulas de novelas fracassadas passadas. Os filmes da Sessão da Tarde são lá da época em que o cinema ainda era quase mudo. Nos programas de fim de semana, somente um ou outro foge da mediocridade.
Eu rio mesmo é quando anunciam a TV Digital com a afirmação de que essa é uma nova era da televisão. KKKK, como dizem no MSN. Ou como diria aquele personagem de Rubem Fonseca: Só rindo. Pra que TV Digital se a Globo e suas imitadoras não oferecem nada de novo aos caros telespectadores?

(Homero de Linhares / 12.04.09)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

UM BOM POEMA

um bom poema
leva anos cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto

(Paulo Leminski)

MINHA ALMA CHOVE

Minha alma chove
frio e tristinho
não te comove
este versinho?

(Carlos Drummond de Andrade)

Poema de Rafaela

Apenas o que sinto,
Apenas o que falo,
Apenas o que faço,
Apenas me desfaço.

(Rafaela de Andrade)

POEMA ERÓTICO DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE


CELULAR DE PARLAMENTAR: GASTO SURREAL


CELULAR DE PARLAMENTAR

Segundo o jornal “A Tribuna”, A Assembléia Legislativa do Espírito Santo gastou R$ 355. 179,44 com a telefonia móvel em 2008. Esse irrisório valor corresponde apenas às despesas com os celulares dos 31 deputados capixabas nesse ano. A matéria publicada no jornal na sexta-feira santa, 10/04/09, informa ainda que alguns dos nossos ilustres representantes (como os Srs. Luiz Carlos Moreira do PMDB, Robson Vaillant do DEM, e as Sras. Luzia Toledo do PTB e Janete de Sá do PMN) conseguiram consumir mais de R$ 20.000,0Adicionar imagem0 com ligações via celular. Dizer que isso é uma vergonha não paga não reduz em nada a nossa imensa decepção com essa classe divinizada que ri com muito sarcasmo dos brasileiros comuns que trabalham exaustivamente para bancar os luxos dos parlamentares. Como pode se verificar abaixo, a coisa fica ainda pior na ascendência dos cargos eletivos, pois:

Reportagem de Adriano Ceolin, publicada na edição de hoje da Folha (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL), informa que o Senado gastou R$ 8,6 milhões com pagamento de contas de telefones celulares no ano passado. Em média, o gasto por
parlamentar foi de ao menos R$ 6.126 mensais. (http://www.hojenoticias.com.br/brasil/senadores-gastam-media-de-r-6000-mensais-em-celular)

O exemplo mais negativo foi dado por um senador do PT:

Reportagem do jornal "Estado de S. Paulo" afirma que a conta do telefone celular do Senado que o senador Tião Viana (PT-AC) emprestou à filha em viagem de férias ao México foi de R$ 14.758,07. Procurado pela Folha Online, Viana se negou a confirmar o valor e disse apenas que esperava do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), as providências relativas à quebra de seu sigilo telefônico. (http://www.hojenoticias.com.br/brasil/senado-abre-sindicancia-para-apurar-vazamento-do-sigilo-telefonico-de-tiao-viana)

O senador Petista, Tião Viana, decidiu não revelar o valor da conta do celular, mas admitiu que errou ao emprestar o telefone do Senado para a filha utilizar durante a viagem. "Eu assumi a inteira responsabilidade, foi uma falha minha. O país muda quando qualquer pessoa que, ao errar, assume o seu erro", afirmou. Isso deveria vir escrito em toda Lei criada pelos responsáveis e filosóficos parlamentares brasileiros, de senador a vereador.
Enquanto milhares de capixabas se esforçam para sobreviver à míngua com míseros R$ 400,00 por mês, alguns deputados capixabas gastam uma média de R$ 2000,00 por mês com celular. Enquanto milhões de brasileiros se esforçam para sobreviver à míngua com míseros R$ 400,00 por mês, um senador gasta, no mínimo, R$ 6126,00 por mês com celular.
Esse é o Brasil da desigualdade que começa de cima pra baixo, do presidente ao vereador. E olha que existem brasileiros com pós-graduação ganhando menos de R$ 1.000,00 por mês. É preciso dizer mais alguma coisa para alimentar a nossa ira com os homens e mulheres honrados que fazem a Lei nesse país?


(Homero Linhares / 10.04.09)

terça-feira, 7 de abril de 2009

ESCOLA: O INFERNO DE DANTE NA ATUALIDADE


O INFERNO DE DANTE E A SALA DE AULA

Dante, o poeta italiano, disse que, quando chegou à porta do inferno, encontrou uma placa dizendo: Deixem as esperanças do lado de fora aqueles que entram. A sala de aula não é um inferno totalmente, mas deveria estar escrito lá, logo na entrada: Deixem as desesperanças do lado de fora aqueles que entram. Ou então: deixem a preguiça, o descaso, a falta de sonhos em casa ou na praça. O que tenho visto em sala de aula, como em anos anteriores, adolescentes e jovens que vão à escola porque não têm nada de mais interessante para fazer.
Desse forma, a aula, que deveria ser algo mais descontraído ou algo prazeroso, torna-se um espaço de autoritarismo, de cumprimento de regras, de estresse para o professor e de lazer para muitos alunos desinteressados. Faz-se tudo em sala de aula, menos aprender e discutir idéias que possam propiciar o desenvolvimento do raciocínio humano. As reuniões de professores é um momento em que pedagogos discutem meios de punição e controle do comportamento do professor ante o desinteresse dos educandos e jamais de compartilhamento de experiências boas que possam funcionar em nossa escola.
Será que é tão difícil assim tornar a escola um ambiente de aprendizagem e de aproveitamento cultural e intelectual para nossos adolescentes e jovens? Para se conseguir dar aula, é preciso que o professor mostre primeiro seu dom de domador para depois colocar em prática a lição do dia. A pedagoga da minha escola me diz eu os meus alunos precisam aprender a ler e escrever, uma vez que mais de 10 anos na escola não foram suficientes para que eles aprendessem. E eles querem aprender alguma coisa? Sala de aula é lugar de se brincar, gracejar com os colegas e te ofendê-los, mas aprender é algo doloroso para nossos alunos.
Paulo Freire, Içami Tiba e outros entendidos do assunto são homens do milênio passado. A educação que eles pregam não é mais viável em nossos dias. Na época de Paulo Freire existia a opressão praticada pelos militares e pelos nossos pais. Ninguém abria a boca durante a lição com medo de tudo. Por isso a existência da “Pedagogia do Oprimido”. Hoje a nossa realidade é outra. Aquele que diz que a baixa qualidade do ensino é culpa da incapacidade do professor deveria assumir minhas turmas ao menos por uma semana para saber o que é purgatório aqui na terra. Principalmente as turmas compostas por adolescentes. Ser teórico é fácil, difícil é ser educador na prática.

(Homero Linhares / 08 de abril de 2009)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

LEI DE TRÂNSITO: ARBITRARIEDADE EM DEMASIA


LEI ARBITRÁRIA

Não existe lei mais arbitrária que a lei de trânsito. Existem leis duras, existem leis intransigentes e existem leis desnecessárias, mas a mais arbitrária de todas e a lei de trânsito. Legisladores, guardas de trânsito, polícia rodoviária não sabem disso, mas eles são mais temidos que traficantes, terroristas, seqüestradores, estelionatários e outras pestes da nossa sociedade.
Conheço casos de seqüestros em que, após a negociação, os criminosos abaixaram a guarda. O terrorismo e o tráfico de drogas também me amedrontam, mas eu temo mesmo é quando vejo uma viatura da polícia rodoviária ou da guarda de trânsito, ou um guarda de trânsito com seu bloco nefasto de contribuição para os cofres do município, do Estado ou da União. Não deveria ser assim. Eu deveria sentir-me seguro diante da presença ostensiva dos pupilos pretorianos, entretanto o que sinto é receio de que eles inventem uma nova descoberta do código para rebocarem meu veículo e me dêem uma daquelas guias de contribuição ao erário público.
É de se compreender que a crise trouxe aos nossos dias uma carência muito grande de recursos para se investir na educação, na saúde e, principalmente, na segurança. Portanto, já que IPVA, IPTU, IR, ICMS, ISS e outros membros da mesma família não são suficientes para nos atormentar e meter a mão nosso bolso, é preciso que se multipliquem os policiais e guardas com canetas na mão, os radares, as câmeras e outros meios de punir de maneira exponencial os motoristas brasileiros.
Antes de mais nada, uma lei arbitrária é uma lei que não permite defesa, que não permite que você manifeste sua possível inocência. Alguém lhe acusa de alguma coisa e você não tem sequer o direito de se manifestar. A lei alega que existe o direito de recurso quando você é acusado por alguma infração. Todavia quem julga o seu recurso o faz de forma tão secreta que ninguém garante que houve lisura e justiça no julgamento de sua causa. Está certo que os crimes contra a receita no nosso país são punidos com muita rigorosidade, mas nem a ação do leão amedronta tanto quanto os guardiões do nosso código de trânsito.
Nada mais justo. Afinal a violência no trânsito é de assustar. A imperícia e a imprudência do número enorme de motoristas brasileiros abarrotam as estatísticas dos jornais. O que considero arbitrário é o contribuinte (isso é o que nós somos aos olhos dos nossos administradores e víboras disfarçados de justiceiros, digo, de juízes, advogados, alferes) ser surpreendido muitas vezes que chega à sua casa com uma notificação de infração de trânsito que ele desconhece e que bem sabe que não tem escapatória. A notificação ainda traz inscrito com ar de escárnio que “o notificado” (melhor seria dizer “o extorquido”, “o explorado”) tem um prazo para ajuizar defesa perante a junta não sei lá das quantas. E aconselha ainda juntar os documentos que considerar importantes para referendar a defesa contra a penalidade imposta. Balela. No ano passado, eu recebi seis multas de um mesmo radar em Cariacica, próximo à escola São João Batista. Fiz uma reclamação no DETRAN-ES, denunciei o caso ao jornal “A Tribuna”, presumindo que o radar estivesse com defeito, contudo até hoje não recebi resposta. Creio que as seis multas virão na próxima cobrança de IPVA que está para chegar. O que mais me irrita é que não há forma de provar que sou inocente e que o radar estava com defeito já que o DETRAN-ES não se importa estou sendo lesado, enganado, roubado, o que importa é o cumprimento da lei infalível. Só não é inafiançável como a lei contra o Racismo porque é isso que interessa ao Estado. Aquela senhora negra que supostamente chamou o motorista do ônibus em Vitória de “Preto” tem mais defesa e argumentação que qualquer acusado injustamente por uma infração de trânsito. E olha que ela infringiu uma lei inafiançável. O interessante é quando a própria polícia se torna vítima da sua arbitrariedade (se bem que a probabilidade aqui é raríssima). O jornal já notificou casos em que os mantenedores da ordem saíram aos borbotões com os justiceiros de caneta na mão. Vale a máxima: quem com ferro fere...
Só não entendo como que, num Estado de Direito, quem é acusado de homicídio, de latrocínio, de corrupção fiscal, tenha mais direito de resposta que um motorista notificado, levianamente ou não, de desrespeitar nossas rígidas regras de mobilidade automotiva. Como diria o Renato Russo, vamos celebrar a estupidez humana.

(Homero Linhares / 02 de abril de 2009)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

ROMANTISMO BRASILEIRO (PARTE 1)

A Literatura Romântica

O Romantismo Brasileiro é um período que se inicia com a publicação do livro "Suspiros poéticos e saudades", de Gonçalves de Magalhães, em 1836 e termina no ano de 1881. Iniciou-se na Alemanha, percorreu a Europa e chegou ao Brasil trazendo à arte uma nova forma de ver o mundo, a vida, o sentimento humano. Interessante é que o livro que deu origem ao Romantismo no Brasil foi lançado, na verdade, em Paris.
Não entenda o romântico como “o cara que é apaixonado, gosta de música brega e manda flores para a namorada”. Pode ser isso também, mas é muito mais. Na Literatura, ser romântico significa ser apaixonado por algo (não só pela mulher) como a pátria, as nossas origens, a nossa paisagem, etc.
Há algumas características marcantes que determinam o Romantismo:
·
Subjetivismo - A visão pessoal, particular da sociedade, de seus costumes e da vida como um todo.
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Sentimentalismo - A Literatura é uma forma de explorar sentimentos comuns: o amor, a cólera, a paixão etc. O sentimentalismo geralmente implica na exploração da temática amorosa e nos dramas de amor.
·
Indianismo – A figura do índio é traçada como exemplo de beleza, coragem, heroísmo. O índio representa o passado do povo brasileiro e o nosso herói medieval.
·
Nacionalismo, ufanismo - A necessidade de se criar uma cultura genuinamente brasileira. Como uma forma de publicidade do Brasil, os autores brasileiros procuravam expressar uma opinião, um gosto, uma cultura e um jeito autênticos, livres de traços europeus.
· O culto à
natureza - O culto ao natural, aos elementos da natureza, tão valorizados pelos índios. Passava-se a observar o ambiente natural como algo divino e puro.
· A idealização da
Mulher (figura feminina) – a mulher é vista como um ser perfeito, sem máculas e digna de admiração e adoração.
· A idealização da realidade - A análise dos fatos, das aparências, dos costumes etc era muito superficial e pessoal, por isso era idealizada, imaginada, assim o sonho e o desejo invadiam o mundo real criando uma descrição romântica e mascarada dos fatos.
· Evasão (fuga) no tempo, no sonho, na imaginação, na loucura, no espaço e na morte.
·
Mal do Século - Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultra-Romantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.
· Religiosidade - A fé cristã é utilizada como um meio de mostrar recato e austeridade, mas são frequentes também a presença de uma espiritualidade negativa no ambiente natural.
· Maior liberdade formal - As produções literárias estavam livres para assumir a forma que quisessem, ou seja, era mais importante expressar seus sentimentos que o conhecimento de rima, métrica e poesia clássica.