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(DAVID BELLMOND)







sexta-feira, 27 de março de 2009

TRIBUTO A RENATO RUSSO


OS BONS MORREM ANTES (27/03/60 – 11/10/96)



Dia 27 de março é dia de recordarmos do bardo romântico-realista-simbolista-moderno Renato Manfredini Júnior. Não sabe quem é? Certamente você já deve ter ouvido a voz vociferante ou melodramática em alguma canção de sucesso dos anos 80 para cá. Ou então já deve ter ouvido alguma composição cantada por outra voz da MPB. Esse é o nome de nascimento de Renato Russo, um dos maiores ícones da música punk-pop-rock-brega tupiniquim.

Ele foi o responsável por eu aprender a ouvir música italiana, Erasmo Carlos, Rappa, Raimundos, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Chico, Caetano e outros tantos grandes intérpretes e compositores nacionais. Foi ouvindo as suas canções que eu descobri a existência de poetas e pensadores como Rimbaud, Jung, Engels, Marx, Intrigas intelectuais rodando em mesa de bar.

Em 1985, quando Renato Russo surgiu nas FM’s cantando “Será” com sua voz parecida com a de Jerri Adriani, eu tinha 17 anos. Era época da primeira versão do Rock in Rio e o nosso poeta legionário não estava lá entre os grandes nomes da MPBRock. Contudo não demorou para que a febre da “Geração Coca-Cola” invadisse as antenas de TV, as ruas, os bares, as escolas, os hospitais. Em quase todos os lugares, se cantava Legião Urbana.

Eu pensei que a música da Legião seria uma peculiaridade da minha geração. Enganei-me. Nas décadas vindouras, a arte de Manfredini Júnior continuou a conquistar legiões, ou melhor, multidões de fãs. Não há uma música daquelas épocas remotas que não tenha marcado alguma momento na minha, nas nossas vidas. “Baader Meinhof Blues” embalou algumas brigas nossas na pracinha (A violência é tão fascinante). Mas brigar pra quê? “Soldados” naquele tock em que ninguém pegava ninguém (Nossas meninas estão longe daqui). “Eduardo e Mônica” nas baladas e porres de fim de semana (Não agüento mais birita). “Os barcos”nas desilusões amorosas (Você diz que tudo terminou, você não quer mais o meu querer). “Vento no litoral” quando a saudade apertou (e o vento vai levando tudo embora). “Pais e filhos” quando nossas vidas começaram a ficar mais sérias (Meu filho vai ter nome de santo). “Esperando por mim” para recordar os velhos amigos (Meus verdadeiros amigos sempre esperaram por mim).

Porém a mais triste de todas foi cantar “Love in the afternoon” às 10 horas da manhã do dia 11 de outubro de 1996. Foi com essa canção que eu aceitei que não haveria mais aquelas noites de euforia no Álvares Cabral e nem o retorno de madrugada a pé pela beira-mar junto com a turma cantando as mesmas canções. Renato Russo partiu.

Luz e sentindo e palavra.

E silêncio.



(David Bellmond / 25 de março de 2009)

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