UM MUNDO PERFEITO
Nas estradas de pó e de luz
Por onde seguem os nossos irmãos
Negros, todos negros perdidos,
De todos os cantos do Sudão,
Há uma trilha que vai dar no Nirvana,
Outra que vai para Jerusalém.
Na multidão escrava da fome,
Que encanto exerce o alfabeto?
Que matemática dominará
Àqueles negros desnudos, sem teto?
Só uma ciência lhes povoa a cabeça,
A de sonhar com um mundo perfeito.
TEMPO DE LUTA
Meu tempo de luta
É tempo de agora.
Lutar contra tudo,
Lutar contra todos,
Lutar contra o mundo.
Minha luta ferrenha
É contra o parágrafo
E o artigo tal,
Contra as potestades.
Sou fraco, não luto
Porque amo a guerra,
Sou absoluto
Caule de ojeriza.
Sou forte a meu modo
No meu tempo escasso.
Eterno enquanto vivo,
Vivo enquanto luto.
Minha luta insigne
Contra as potestades
É com escudo de vento
E obus de vontades.
Meu esforço só cessa
Se derrotada a injustiça.
Quanto mais envelheço,
Mais me armo pra guerra.
Morrerei em batalha,
Morto por meus devaneios,
Ostentando a bandeira
De tudo aquilo que creio.
(BELLMOND, David. Vida Vide Verso. Vitória: Editora do autor, 1999.)
Nas estradas de pó e de luz
Por onde seguem os nossos irmãos
Negros, todos negros perdidos,
De todos os cantos do Sudão,
Há uma trilha que vai dar no Nirvana,
Outra que vai para Jerusalém.
Na multidão escrava da fome,
Que encanto exerce o alfabeto?
Que matemática dominará
Àqueles negros desnudos, sem teto?
Só uma ciência lhes povoa a cabeça,
A de sonhar com um mundo perfeito.
TEMPO DE LUTA
Meu tempo de luta
É tempo de agora.
Lutar contra tudo,
Lutar contra todos,
Lutar contra o mundo.
Minha luta ferrenha
É contra o parágrafo
E o artigo tal,
Contra as potestades.
Sou fraco, não luto
Porque amo a guerra,
Sou absoluto
Caule de ojeriza.
Sou forte a meu modo
No meu tempo escasso.
Eterno enquanto vivo,
Vivo enquanto luto.
Minha luta insigne
Contra as potestades
É com escudo de vento
E obus de vontades.
Meu esforço só cessa
Se derrotada a injustiça.
Quanto mais envelheço,
Mais me armo pra guerra.
Morrerei em batalha,
Morto por meus devaneios,
Ostentando a bandeira
De tudo aquilo que creio.
(BELLMOND, David. Vida Vide Verso. Vitória: Editora do autor, 1999.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário