
13 DE MAIO – QUE PALHAÇADA!
Abolição da escravatura. Completaram-se 121 anos. Pouco? Realmente. Muito pouco para um povo que viveu debaixo da escuridão, não a escuridão da pele, mas a escuridão da noite, a escuridão do dia, a escuridão da igreja, a escuridão do poder, a escuridão do branco incapaz de raciocinar. A escuridão de um escravagismo que obrigou meus bisavós a trabalharem de graça por mais de 300 anos.
13 de maio. Não. Não temos nada a comemorar. A Lei Áurea assinada pela digna Princesa Isabel foi uma palhaçada. Deram liberdade, mas não deram emprego, casa, condições de vida mínima que fosse. Ainda hoje vivemos debaixo do estigma da escravidão e somos olhados por não poucos que enxergam a escravidão extinta mais que nós. Ainda existem pessoas que conseguem ver na cor da minha pele o emblema dos negros africanos trazidos da África à força. Tristemente ainda há quem me trate como se tratasse um escravo da época. Os escravos da época eram considerados inferiores. A igreja Católica os considerava sem alma, por isso não podiam se converter ao cristianismo. Por isso que negro que se preze não deveria ser católico.
Vergonha da minha raça? Que nada. Eu me orgulho, e muito, dos meus ancestrais porque eles mostraram a força física da sobrevivência e a coragem de lutar. Devemos muito aos abolicionistas que lutaram contra a opressão. Devemos agradecer a escritores que, como Castro Alves, não se fingiram de cegos diante de tamanha covardia. Acredita que existem pessoas que me tratam indiferente? Como se ainda fosse superiores a mim devido à cor da pele.
Pobres coitados! Desconhecem que a Constituição me concedeu direitos iguais aos brancos estúpidos que não estudaram História e nem leram a Bíblia. Mais triste ainda é ver policiais negros tratando negro como os bisavós deles eram tratados nas senzalas. Capitães do mato. Sim! Os policiais negros que oprimem negros por serem negros são capitães do mato a mando de uma falsa democracia que ainda não dá oportunidades iguais, mesmo contrariando a Lei Máxima desse país construído pelo braço forte do negro.
Grande abraço aos meus irmãos negros e brancos que conseguiram se libertar da visão opressora da época da Casa Grande. Façamos silêncio em nome daqueles que abraçaram e abraçam essa causa: Racismo é coisa de branco ignorante e negro desinformado que se considera “preto”. Preto é o solado do meu sapato. Preto é o cabo do revólver do soldado incauto que desconhece minha luta. Preto é o futuro de quem ainda não conseguiu se olhar no espelho e ver a face do nosso Brasil. Eu sou é negro.
Abolição da escravatura. Completaram-se 121 anos. Pouco? Realmente. Muito pouco para um povo que viveu debaixo da escuridão, não a escuridão da pele, mas a escuridão da noite, a escuridão do dia, a escuridão da igreja, a escuridão do poder, a escuridão do branco incapaz de raciocinar. A escuridão de um escravagismo que obrigou meus bisavós a trabalharem de graça por mais de 300 anos.
13 de maio. Não. Não temos nada a comemorar. A Lei Áurea assinada pela digna Princesa Isabel foi uma palhaçada. Deram liberdade, mas não deram emprego, casa, condições de vida mínima que fosse. Ainda hoje vivemos debaixo do estigma da escravidão e somos olhados por não poucos que enxergam a escravidão extinta mais que nós. Ainda existem pessoas que conseguem ver na cor da minha pele o emblema dos negros africanos trazidos da África à força. Tristemente ainda há quem me trate como se tratasse um escravo da época. Os escravos da época eram considerados inferiores. A igreja Católica os considerava sem alma, por isso não podiam se converter ao cristianismo. Por isso que negro que se preze não deveria ser católico.
Vergonha da minha raça? Que nada. Eu me orgulho, e muito, dos meus ancestrais porque eles mostraram a força física da sobrevivência e a coragem de lutar. Devemos muito aos abolicionistas que lutaram contra a opressão. Devemos agradecer a escritores que, como Castro Alves, não se fingiram de cegos diante de tamanha covardia. Acredita que existem pessoas que me tratam indiferente? Como se ainda fosse superiores a mim devido à cor da pele.
Pobres coitados! Desconhecem que a Constituição me concedeu direitos iguais aos brancos estúpidos que não estudaram História e nem leram a Bíblia. Mais triste ainda é ver policiais negros tratando negro como os bisavós deles eram tratados nas senzalas. Capitães do mato. Sim! Os policiais negros que oprimem negros por serem negros são capitães do mato a mando de uma falsa democracia que ainda não dá oportunidades iguais, mesmo contrariando a Lei Máxima desse país construído pelo braço forte do negro.
Grande abraço aos meus irmãos negros e brancos que conseguiram se libertar da visão opressora da época da Casa Grande. Façamos silêncio em nome daqueles que abraçaram e abraçam essa causa: Racismo é coisa de branco ignorante e negro desinformado que se considera “preto”. Preto é o solado do meu sapato. Preto é o cabo do revólver do soldado incauto que desconhece minha luta. Preto é o futuro de quem ainda não conseguiu se olhar no espelho e ver a face do nosso Brasil. Eu sou é negro.
(David Bellmond - 13 de maio de 2009)
“Preto é quem leva uma pedrada e não a devolve. Se você tem coragem de devolver a pedrada, então você é negro.”
(Paul Sartre)
Concordo em genero,numero e grau.Receba os meus aplausos.
ResponderExcluirps:DE PÉ!!!!!