
O Simbolismo surgiu após o Parnasianismo. No Brasil, seus representantes maiores foram Alphonsus de Guimaraens e Cruz e Sousa. Os simbolistas retomaram o ambiente sombrio da Segunda Geração Romântica e a temática amor-morte, além de os parnasianos, pois escreviam sonetos (poemas de 14 versos) e privilegiavam a rima, o ritmo, a sonoridade. A inovação no Simbolismo fica por conta da associação entre amor, música e morte. Criticados pelos parnasianos, que os chamavam de nefelibatas - pessoas que andam com os pés nas nuvens, os simbolistas se aproximaram do mal-do século, o ultra-românticos.
A música da Morte, a nebulosa,
estranha, imensa música sombria,
passa a tremer pela minh'alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa...
Os versos de Cruz e Sousa são exemplos máximos da obstinação em se associar a música à tristeza, à dor e à própria morte.
(David Bellmond / Mestre em Estudos Literários)
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