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(HOMERO DE LINHARES)


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GRANDE ABRAÇO.


(DAVID BELLMOND)







segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PARNASIANISMO (ARTE PELA ARTE)


O Parnasianismo inciou-se paralelo ao Realismo-Naturalismo, movimentos de oposição ao Romantismo. Influenciados pela cultura greco-latina, o parnasianos valorizavam a razão em detrimento do subjetivismo romântico, mas não faziam crítica social, como fizeram seus contemporâneos realistas e naturalistas. O lema maior dos parnasianos era a "Arte pela arte", ou seja, a única preocupação da arte é com a própria arte, a estética, a beleza. Os parnasianos criticavam tanto os românticos (que vieram antes) quanto o simbolistas (que vieram depois) devido ao tratamento dado do sentimentalismo.

Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!

(Olavo Bilac)

Nos versos acima, Olavo Bilac, um dos expoentes do Parnasianismo, descreve a sua preocupação com o trabalho exaustivo na construção de um soneto. No último verso está a prova do trabalho árduo do poeta com a escrita (Trabalha, teima, lima, sofre, sua). Observe a sequência de vogais nos verbos utilizados.
(David Bellmond / Mestre em Estudos Literários)



SIMBOLISMO (Música e morte)


O Simbolismo surgiu após o Parnasianismo. No Brasil, seus representantes maiores foram Alphonsus de Guimaraens e Cruz e Sousa. Os simbolistas retomaram o ambiente sombrio da Segunda Geração Romântica e a temática amor-morte, além de os parnasianos, pois escreviam sonetos (poemas de 14 versos) e privilegiavam a rima, o ritmo, a sonoridade. A inovação no Simbolismo fica por conta da associação entre amor, música e morte. Criticados pelos parnasianos, que os chamavam de nefelibatas - pessoas que andam com os pés nas nuvens, os simbolistas se aproximaram do mal-do século, o ultra-românticos.




A música da Morte, a nebulosa,
estranha, imensa música sombria,
passa a tremer pela minh'alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa...

Os versos de Cruz e Sousa são exemplos máximos da obstinação em se associar a música à tristeza, à dor e à própria morte.

(David Bellmond / Mestre em Estudos Literários)