
Sonetos para serem lidos em linha reta (3)
Meus pupilos me dizem que sou rude
Em sarcasmos ligeiros ou amiúde.
Não percebem os púberes, infantes,
Que deles sou o menos ignorante.
Aquilo a que defendo e a que dou fé
É que ninguém vai se compadecer
Por eu ser fraco, feio ou infeliz,
Filho de favelado ou meretriz.
Minha pena tem a forma de um gládio
Meu destino é traçado pela pena
Que não vejo em meus vis adversários.
Por isso sou sem alma e perigoso
Quando estou no meio da arena
De onde restarei morto ou vitorioso.
(David Bellmond / 23 de junho de 2010)
Meus pupilos me dizem que sou rude
Em sarcasmos ligeiros ou amiúde.
Não percebem os púberes, infantes,
Que deles sou o menos ignorante.
Aquilo a que defendo e a que dou fé
É que ninguém vai se compadecer
Por eu ser fraco, feio ou infeliz,
Filho de favelado ou meretriz.
Minha pena tem a forma de um gládio
Meu destino é traçado pela pena
Que não vejo em meus vis adversários.
Por isso sou sem alma e perigoso
Quando estou no meio da arena
De onde restarei morto ou vitorioso.
(David Bellmond / 23 de junho de 2010)
P.S.: A imagem que acompanha o poema é obra de Áquila Braz, meu aluno do ensino médio. Mas o poema não é dedicado só a ele.
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