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EIS AQUI O ESPAÇO VIRTUAL ONDE AS PALAVRAS BUSCAM SE LIBERTAR DO LIMBO.



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CAROS AMIGOS,

A CARA DO BLOG MUDOU, ENTRETANTO A AVENTURA DE ESCREVER CONTINUA VIVA.

ESTAMOS AQUI À ESPERA DE QUE VOCÊS NOS LEIAM E, SE POSSÍVEL, DEIXEM UM COMENTÁRIO.

ABRAÇO FRATERNO.

(HOMERO DE LINHARES)


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AVISO AOS INTERNAUTAS,

A PARTIR DE HOJE, ESTOU AQUI COM HOMERO DE LINHARES, REVEZANDO NA ARTE DA PALAVRA.

GRANDE ABRAÇO.


(DAVID BELLMOND)







terça-feira, 29 de junho de 2010

Copa do mundo 2010


O PAÍS DO FUTEBOL


Era a Copa do Mundo de 2010. Era o Brasil entrando em campo como favorito em todos os jogos. No jogo de estréia, fez 2 x 1 contra a Coréia. Depois, 3 x 1 contra a Costa do Marfim. Por fim, 0 x 0 com Portugal. Afinal o Brasil é o único país pentacampeão mundial de futebol. Na nova fase, a Seleção comandada por Dunga vence o Chile por 3 x 0. Isso faz com que o Brasil seja temido, respeitado, aplaudido, enfrentado com garra pelos adversários, pois todo país apaixonado por futebol quer ser igual ao Brasil no futebol. Isso mesmo: no futebol.

Já passou da hora de nós, jovens e adolescentes, lutarmos para que o Brasil deixe de ser somente o “País do futebol” e seja o “País da Ciência”, o “País da tecnologia”, o “País do emprego decente”, ou melhor, o País do futuro. E isso depende tanto da nossa atuação quanto de nossos governantes. Os maiores interessados em que a nossa pátria seja melhor não apenas no futebol somos nós. Se o Brasil vencer a Copa do Mundo da África do Sul, seremos Hexacampeões. Mas e depois? Depois voltaremos a ser o mesmo povo que ainda sofre com desigualdades imensas e espera que educação, saúde e segurança sejam prioridades de quem nos comanda. Depois voltaremos a ser o mesmo povo que se orgulha de ser brasileiro e que espalha o verde-amarelo pelas janelas e pelas ruas apenas de quatro em quatro anos, ou seja, na Copa do Mundo.

Portanto, precisamos nos unir pela vitória do Brasil não apenas em campeonatos esportivos, mas também na luta por um país que respeite seus moradores e que invista na sua juventude. Podemos começar criando consciência na hora de escolher os nossos políticos representantes, pois são eles que decidirão o nosso futuro. Vamos levar educação a sério nesse país como fazem os jogadores das seleções com a jabulânia. Vamos exigir nosso Brasil seja lembrado, respeitado, admirado em qualquer canto do mundo não apenas quando se fala de futebol ou de carnaval.

(David Bellmond / 30 de junho de 2010)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Guia introdutório aos "Sonetos para serem lidos em linha reta"




GUIA DE AUXÍLIO AOS INCAUTOS

Vocabulário para auxiliar os incautos na interpretação dos três sonetos que se seguem. Em caso de dúvida, consulte o link http://www.priberam.pt/DLPO/

Mesmo que meus agressores já saibam, eu explico:

1. Acróstico: poema escrito com um nome ou uma frase na vertical enquanto os versos ficam na horizontal. Segundo os estudioso, o mais fácil e menos inspirado tipo de poesia. Leia o exemplo de acróstico abaixo.

Devasso
Animal
Vergonha
Ira.
Deus me livre dos invejosos.

2. Amiúde: Frequentemente; muitas vezes.
3. Arena: Lugar de combate onde os cristãos eram lançados para serem devorados por leões ou para lutar até a morte com algum gladiador.
4. Debalde: em vão.
5. Demasia: demais, exageradamente.
6. Devasso: pessoa libertina, que gosta de sexo em demasia.
7. Escudeiro: Pajem ou criado que levava o escudo do cavaleiro, donzel, o primeiro título da antiga nobreza.
8. Feudo: propriedade emprestada ao vassalo em troca de favores.
9. Fidalgo: Título de nobre.
10. Fidalguia: Título de nobreza dado a fidalgo.
11. Funda: arma usada por David para vencer Golias.
12. Gladiador: guerreiro, lutador.
13. Gládio: espada de dois gumes usada pelos gladiadores romanos.
14. Heterônimo: personalidade alternativa criada pelo autor. (Álvaro de Campos é heterônimo de Fernando Pessoa assim como Homero de Linhares é heterônimo de David Bellmond).
15. Ignorante: que ignora, que não sabe, que desconhece.
16. Infante: criança, adolescente, soldado da infantaria.
17. Meretriz: sua mãe ainda não lhe explicou?
18. Mortalha: lençol que cobre cadáver.
19. Ofício: trabalho, labor.
20. Pena: dó, comiseração, caneta usada pelos poetas antigos.
21. Pernóstico: pessoa convencida, presunçosa.
22. Púbere: adolescente, que está na puberdade.
23. Pupilo: aprendiz, aluno, educando.
24. Quixotesco: ridiculamente pretensioso.
25. Sarcasmo: deboche, escárnio.
26. Soneto: poema de 14 versos. Segundo os estudiosos, o mais difícil tipo de poesia a ser escrito.
27. Vassalo: guerreiro que defendia um senhor dono de posses.
28. Vis: plural de vil, pessoas más, de caráter ruim.

Abraços,

David Bellmond

Sonetos (1)


Sonetos para serem lidos em linha reta (1)

Meu irmão diz que eu não tenho alma
Só porque perco insanamente a calma
Quando me lançam no meio da arena
E não me dão sequer um olhar de pena.

Se era uma funda ou uma navalha
Minh’arma nessa injusta batalha
Não sei, mas dizes que sou perigoso
Porque faço da luta o meu gozo?

Sou o David lutando com Golias,
Não tenho irmandade ou amigos
E meu irmão me diz que é covardia?

Quem te condenará por que comigo
Não exerceste a tua fidalguia
De ser meu escudeiro ante o inimigo?

(David Bellmond / 23 de junho de 2010)

Sonetos (2)


Sonetos para serem lidos em linha reta (2)

Minha cunhada diz que sou pernóstico
E que meu nome é o perfeito acróstico
De Devasso, Animal, Vergonha e Ira.
Faltou letra pra escrever Mentira?

Acróstico não é o meu ofício.
Prefiro dedicar-me ao que é difícil:
Escrever um soneto vão, debalde
Que sirva de espelho à minha cunhada.

Se sou pernóstico ou quixotesco
É porque nas minhas lutas, nos meus sonhos,
Sou vassalo sem feudo ou parentesco.

Minha armadura é minha mortalha,
Meu pai por certo foi um heterônimo
Que não conhece quem levou porrada.


(David Bellmond / 23 de junho de 2010)
P. S.: Em caso de dificuldade com o vocabulário, leia as informações iniciais desses três sonetos ou consulte: http://www.priberam.pt/DLPO/

Sonetos (3)


Sonetos para serem lidos em linha reta (3)

Meus pupilos me dizem que sou rude
Em sarcasmos ligeiros ou amiúde.
Não percebem os púberes, infantes,
Que deles sou o menos ignorante.

Aquilo a que defendo e a que dou fé
É que ninguém vai se compadecer
Por eu ser fraco, feio ou infeliz,
Filho de favelado ou meretriz.

Minha pena tem a forma de um gládio
Meu destino é traçado pela pena
Que não vejo em meus vis adversários.

Por isso sou sem alma e perigoso
Quando estou no meio da arena
De onde restarei morto ou vitorioso.

(David Bellmond / 23 de junho de 2010)
P.S.: A imagem que acompanha o poema é obra de Áquila Braz, meu aluno do ensino médio. Mas o poema não é dedicado só a ele.