OUTRA VEZ A CHUVA
A chuva impiedosa
Aumentou as minhas mágoas
E amarelou as águas
Da baía de Vitória.
Quem disse que a chuva é imparcial?
Quem é que fica alagado?
Quem fica desabrigado?
O rico ou o marginal?
A chuva vem com certeza
Balançando meu telhado
Vem com vento e trovoada
Aumentar minha pobreza.
Meus livros todos torcidos,
Os meus discos estragados,
Minha varanda alagada
E eu em casa encarcerado.
A chuva vem outra vez
Destruir em poucas horas
(a chuva ri, minha alma chora)
O que eu ganhei em um mês.
(Homero de Linhares / 02 de novembro de 2009)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário