SEJA BEM-VINDO!

BEM-VINDO AO MUNDO DA ESCRITA!

EIS AQUI O ESPAÇO VIRTUAL ONDE AS PALAVRAS BUSCAM SE LIBERTAR DO LIMBO.



________________________________________________________

CAROS AMIGOS,

A CARA DO BLOG MUDOU, ENTRETANTO A AVENTURA DE ESCREVER CONTINUA VIVA.

ESTAMOS AQUI À ESPERA DE QUE VOCÊS NOS LEIAM E, SE POSSÍVEL, DEIXEM UM COMENTÁRIO.

ABRAÇO FRATERNO.

(HOMERO DE LINHARES)


_________________________________________________________

AVISO AOS INTERNAUTAS,

A PARTIR DE HOJE, ESTOU AQUI COM HOMERO DE LINHARES, REVEZANDO NA ARTE DA PALAVRA.

GRANDE ABRAÇO.


(DAVID BELLMOND)







quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CARPE DIEM


CARPE DIEM / SEIZE THE DAY


A vida é agora
por isso eu vivo
a cada momento
como se fosse embora
pra não mais voltar.
.....................
Life is now
Because of it I alive
In every moment
As if I'd go away
To never be back.
...................
A vida é curta
por isso eu vivo
mil dias em um
na absoluta
luta por prazer.
.................
Life is short
Because of it I Alive
One thousand days in only one day
In complete
Fight by pleasure.
...................
A vida é efêmera
por isso eternizo
meu olhar o mundo
na pedra, no tempo
com versos e risos.
...................
Life fades away
Because of it I'd be forever
In my sight of the world
In the rock, in the time
With verses and smiles.


(David Bellmond / Tradução de Elionai C. Cordeiro / 25.11.09)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PAUSA PARA A CHUVA QUE NÃO DÁ TRÉGUA (1)





A CHUVA

"A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de


vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol."

(Arnaldo Antunes, 1992)

PAUSA PARA A CHUVA QUE NÃO DÁ TRÉGUA (2)

OUTRA VEZ A CHUVA





A chuva impiedosa
Aumentou as minhas mágoas
E amarelou as águas
Da baía de Vitória.

Quem disse que a chuva é imparcial?
Quem é que fica alagado?
Quem fica desabrigado?
O rico ou o marginal?


A chuva vem com certeza
Balançando meu telhado
Vem com vento e trovoada
Aumentar minha pobreza.


Meus livros todos torcidos,
Os meus discos estragados,
Minha varanda alagada
E eu em casa encarcerado.


A chuva vem outra vez
Destruir em poucas horas
(a chuva ri, minha alma chora)
O que eu ganhei em um mês.



(Homero de Linhares / 02 de novembro de 2009)