MORTE DE POLÍTICO
A morte de um político deveria servir de exemplo aos outros políticos para que se lembrem de que (assim como os desempregados, assalariados, indigentes, descamisados, sem-nada, plebeus, pagadores de impostos, explorados, oprimidos, reprimidos, recalcados, condenados) eles também alimentarão a terra. Parafraseando o já saudoso Ariano Suassuna, a morte é a única coisa que nos iguala nessa existência desigual.
(David Batista / 13.08.2014)
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
MENTIRA
Não é meu sonho ser tua alma gêmea
Tampouco quero ser o teu reflexo.
Quero olhar-te sem ver que és fêmea,
Sem desejar-te e sem pensar em sexo.
Não quero me deitar à tua sombra
Nem intentar comer bombom de noz.
Não penso em ti, não penso na tua voz
E ficar sem te ver não me assombra.
Só quero ser teu amor por um dia
E ter a momentânea alegria
De quem te amou, desamou, foi feliz.
Acreditar na maior das mentiras
De que nem sempre serás bela, Uyra.
E crer demente nos versos que fiz.
(Homero de Linhares / 13.08.2014)
UIRAPURU
Uirapuru disse “boa tarde”
E eu pensei “mais boa ainda
É a alegria de te ver
Numa tarde que se finda
Querendo permanecer”.
Eu pensei, mas nada disse.
Fiquei pensando “é tolice
Ensinar ao uirapuru
A beleza de voar
E encantar o céu azul”.
Uirapuru foi-se embora
Sem sequer dizer “adeus”.
E eu no claustro a escrever
Utopias de um bardo
Que canta só pra te ver.
(Homero de Linhares /07.08.2014 )
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